sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Hino de Pernambuco




Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Hino de Pernambuco foi composto no ano de 1908, e exalta as belezas, as conquistas históricas e o passado de batalhas do povo pernambucano. Tem letra de Oscar Brandão da Rocha e música de Nicolino Milano.

É bastante conhecido pelos pernambucanos, pois, além de ser ensinado nas escolas, ele é frequentemente executado em eventos e em peças publicitárias.

No ano de 2002, o Governo do Estado de Pernambuco, em parceria com a Prefeitura do Recife e a Secretaria de Turismo do Estado, promoveu uma maior divulgação do hino através de sua regravação nos mais variados ritmos, como frevo, forró e manguebeat. Artistas consagrados como Alceu Valença, Dominguinhos, e Cannibal fizeram parte deste projeto.

Coração do Brasil, em teu seio

Corre o sangue de heróis - rubro veio

Que há de sempre o valor traduzir.

És a fonte da vida e da história

Desse povo coberto de glória,

O primeiro, talvez, no porvir.


Estribilho:

Salve ó terra dos altos coqueiros,

De belezas soberbo estendal,

Nova Roma de bravos guerreiros,

Pernambuco imortal! Imortal!


Esses montes e vales e rios,

Proclamando o valor de teus brios,

Reproduzem batalhas cruéis.

No presente és a guarda avançada,

Sentinela indormida e sagrada

Que defende da pátria os lauréis.


(Estribilho)


Do futuro és a crença, a esperança,

Desse povo que altivo descansa

Como o atleta depois de lutar...

No passado o teu nome era um mito,

Era o sol a brilhar no infinito,

Era a glória na terra a brilhar.


(Estribilho)


A república é filha de Olinda,

Alva estrela que fulge e não finda

De esplender com os seus raios de luz.

Liberdade um teu filho proclama,

Dos escravos o peito se inflama

Ante o sol dessa terra da cruz!


(Estribilho)

“Orquestra Juventude Dourada”

                                                          Projeto

Orquestra Juventude Dourada 

Autoria:Professor Josué Mendes da Silva da cadeira de Letras (Português Inglês).Especialista em Psicopedagogia, Educação Especial, Professor de música atualmente cursando Mestrado em Psicanálise da Educação.

Apoio e Incentivo: Gestora Magda Celestino


IDENTIFICAÇÃO

 A escola de Referência em Ensino Médio Maestro Nelson Ferreira, localizada na Rua André e Carina S/N - Engenho Maranguape-Paulista/PE, tem seu funcionamento no horário das 7h e30min. Às 22h. Possui um espaço físico amplo com: salas-de-aula, biblioteca, pátio interno, refeitório, auditório, sala de multimídia, sala de informática, laboratórios de física, química e matemática, banheiros femininos e masculinos, secretaria, direção, coordenação, quadra esportiva, amplo estacionamento e cozinha. Gerida por Magda Celestino e apoiado por todo o corpo docente. Atualmente atende à comunidade oferecendo Ensino Fundamental, Ensino Médio, Normal Médio, EJA e Educação Integral. O corpo discente é composto por 848 alunos e o docente por 32 professores.

INTRODUÇÃO 

A música é sem dúvida, grande catalisadora da manifestação e expressão da comunicação humana. No Brasil formou-se, principalmente, a partir da fusão de elementos europeus e africanos, trazidos respectivamente por colonizadores portugueses e pelos escravos. Até o século XIX, Portugal foi à porta de entrada para a maior parte das influências que conquistaram a música brasileira, erudita e popular, introduzindo a maioria do instrumental, o sistema harmônico, a literatura musical e boa parcela das formas musicais cultivadas no país ao longo dos séculos, ainda que diversos destes elementos não fossem de origem portuguesa, mas genericamente européia. A maior contribuição do elemento africano foi à diversidade rítmica e algumas danças e instrumentos, que tiveram um papel maior no desenvolvimento da música popular e folclórica, florescendo especialmente a partir do século XX. O indígena praticamente não deixou traços seus na corrente principal, salvo em alguns gêneros do folclore, sendo em sua maioria um participante passivo nas imposições da cultura colonizadora. Diante do exposto pode-se concluir que a presença da música na vida dos seres humanos constrói a sensibilidade e sua importância é incontestável. Ela tem acompanhado a história da humanidade, ao longo dos tempos exercendo as mais diferentes funções está presente nos rituais indígenas, nas celebrações religiosas, nas comemorações festivas, nos sons da natureza. A música é universal e desperta os sentimentos mais profundos do ser humano, aguçando os sentidos, marcando momentos, histórias, amizades, amores.
O projeto “Juventude Dourada” destina-se a jovens educando da EREM Maestro Nelson Ferreira, os quais participarão da orquestra e divulgarão a cultura popular na escola, na comunidade e em ocasiões solenes diversas. Valorizando assim: a prática de leitura em diversos gêneros, o gosto pela leitura, o aperfeiçoamento das habilidades já intrínsecas, o reconhecimento de poetas e músicos da cultura popular, proporcionar a reflexão sobre os problemas socioculturais que atingem a comunidade na qual está inserido e valorizar a participação dos alunos através da exposição e divulgação dos trabalhos.

DESENVOLVIMENTO

    A música precisa desempenhar o seu papel fundamental e continuar sendo uma cultura de massa tal como sempre foi. Evidente que alguns musicistas continuarão desempenhando suas funções nos teatros, palcos, TVs, rádios, e recentemente na internet. Porém, para que a cultura de um determinado lugar possa ter uma divulgação ou uma amplitude maior, é preciso que um grande passo seja dado. E esse passo com certeza se concretiza na comunidade escolar já que este é o lugar onde funciona um grande laboratório de relacionamento de pessoas. Quando a escola procura conscientizar a todos da real necessidade de se preservar a sua própria cultura enquanto saber histórico, estaremos caminhando em direção a sua revitalização.
   Levar a música como elemento facilitador no desempenho escolar significa oferecer um importante e motivante meio de educação aos alunos. Através da música popular o aluno poderá conhecer aspectos da história do nordeste, já que a mesma retrata o cotidiano, a realidade do povo e suas particularidades. Mas pode versar sobre qualquer assunto e ser utilizada como recurso pedagógico para debater temas relacionados à educação escolar como cidadania, solidariedade, preconceito, discriminação racial, consciência ambiental, espiritualidade, ética, educação sexual, combate as drogas, violência, condição social da população, amor ao próximo...
   Ter a música ou seus elementos diversos na biblioteca da escola pode representar um passo extremamente valioso para o devido reconhecimento e resgate desse tipo de arte e dar à nova geração a oportunidade de apreciar a riqueza e expressividade da nossa cultura. Significa observar o contato do passado, da memória do saber tradicional, da leitura poética numa linguagem ao mesmo tempo simplória e bela, de fácil compreensão e de uma engenhosidade singular observada na construção das melodias e harmonias. A escola tem que obrigatoriamente prestigiar a cultura popular, caso queira preservar a sua própria história. E demonstrar preocupação na manutenção do saber é assumir e incorporar a sua rotina o contato com as manifestações que o povo cultiva que apresentam significância e um potencial pedagógico. A música popular é uma dessas manifestações que devem e precisam ser utilizadas no âmbito escolar. Enquanto livro paradidático ou leitura suplementar ela pode conduzir o leitor a uma viagem fascinante, a um universo textual completamente diferente do habitual onde sonoridade e rima são elementos que atraem que despertam a curiosidade além de suscitar a sensibilidade artística. A escola pode ser um ótimo local para se estimular a leitura e compreensão dessa rica cultura. Para isso, é necessária a realização de idéias que resgatem e incentivem a musicalização. É o que visa o “projeto  Juventude Dourada”, através das seguintes etapas: socialização com o corpo docente:15/02/2010 através da apresentação do projeto por Power point na sala de multimídia,levantamento dos nomes dos maestros em nosso município por meio de telefonemas e e-mail entre 20/02/2010 a 25/02/2010,divulgação através de convites fixados nas salas: de 16/02/2010 a 26/02/2010 na referida escola,inscrição entre 26/02/2010 a 10/03/2010,na secretaria da escola de forma gratuita aos alunos da escola; apresentação da banda sinfônica do município no dia 10/03/2010  no salão da escola para estimular os alunos; inicio das aulas dia 15/03/2010 nas dependências da escola.

RESULTADOS PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DO ENSINO


As atividades desenvolvidas através do Projeto” Juventude Dourada”, no período de 15/03/2010 a 27/12/2011 ainda em andamento estão contribuindo significantemente  para a formação de leitores proficientes, pois além da prática da escrita e leitura de partituras, o processo também proporciona as atividades de reflexão e análise de textos e de situações ideais para serem apresentados em eventos. Os textos e músicas apresentadas de forma lúdica, muitas vezes trazem um teor critico sobre diversos problemas sociais. Também podemos observar o empenho e habilidade dos alunos na produção de músicas, letras, versos,
Poemas. Realizados nas aulas de artes e língua portuguesa. Dessa forma as experiências vividas, nas etapas do projeto, nos deram uma visão do verdadeiro potencial de nossos alunos, bem como da importância de ter a música como paradidático em sala de aula.
A prática em sala de aula estava voltada, em todas as disciplinas, para estimular a produção de letras e músicas. Os alunos estão construindo letras e músicas individuais e coletivamente sobre dificuldades diárias ocorridas na sociedade escolar, etc. Muitas vezes os trabalhos dos alunos eram postados em comentários, letras, músicas, vídeos e textos.
O fluxo de leitores foi significantemente ampliado. Ler textos e músicas, divertido, instiga a criatividade e forma leitores. Hoje a leitura por deleite, futuramente a leitura para aprender, para tirar dúvidas, para pesquisa. Mesmo aqueles alunos mais resistentes ao hábito da leitura, freqüentam a biblioteca para apreciar uma boa leitura e a sala de informática para ouvir uma boa música.


CONSIDERAÇÕES FINAIS



 Ao idealizarmos esse Projeto tínhamos em mente a hipótese de a música nos proporcionaria um trabalho dinâmico e rico em possibilidades de produção, além de explorar a riqueza da diversidade lingüística. Com fins didáticos, coube-nos explorar o gênero textual e o contexto musical produzido ou em produção. Do ponto de vista do uso da língua, observamos os fatos de natureza sociocultural que ocasionam muitas mudanças linguísticas, pois os trabalhos realizados proporcionam uma interação comunicativa para que o aluno se desempenhasse como autor/produtor do seu próprio texto/música. O desenvolvimento do tema” Juventude Dourada”, nos permitiu enquanto educadores,resgatar o conhecimento empírico,valorizando dessa forma,as experiência e leitura de mundo que o aluno tem.Também ficou evidente no decorrer das etapas a importância do trabalho interdisciplinar,uma vez que,esse gênero permite explorar várias temáticas.

REFERÊNCIAS



FREIRE, Paulo-Pedagogia da Autonomia

MASCARENHAS, Mário-Minha doce Flauta Doce volumes 1 e 2.

PRIOLLI, Maria Luiza de Matos-Principios básicos da Música Para Juventude.


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Quem foi o Maestro Nelson Ferreira?

Carinhosamente apelidado de "O Moreno Bom", Nelson Heráclito Alves Ferreira nasceu em Bonito, município pernambucano, em 9 de dezembro de 1902 e hoje é um dos mais populares compositores de que o Nordeste tem notícia. Seu primeiro contato com a produção musical deu-se aos 14 anos de idade, compondo, a pedido da Companhia de Seguros Vitalícia Pernambucana, a valsa "Victória". Ainda muito jovem, tocava nas pensões alegres, nos cafés, nos saraus e nos famosos cinemas Royal e Moderno, no Recife, tendo sido o pianista mais ouvido na época do cinema mudo. Já nos primeiros anos do rádio em Pernambuco, Nelson Ferreira foi convidado por Oscar Moreira Pinto para atuar como Diretor Artístico da Rádio Clube de Pernambuco, onde, além de compor, foi responsável pela fundação de vários grupos e orquestras. Por essa época, e durante toda sua vida, compôs valsas, foxes, tangos, canções, especializando-se no gênero frevo. Na área de disco, foi também Diretor Artístico da Fábrica Rozenblit, instalada em Pernambuco. A partir dos anos 40, criou uma orquestra de frevos que não apenas ficou famosa em sua trajetória local, mas também extrapolou as fronteiras de nossa região, conseguindo sucesso a nível nacional. Desde 1924, iniciado na discografia brasileira com a música "Borboleta não é ave", em ritmo de samba, gravado em disco, passou depois para as marchas pernambucanas e outros gêneros, tendo então parceiros de peso como Aldemar Paiva, Luiz Queiroga, Osvaldo Santiago, Sebastião Lopes, Fernando Lobo, Ziul Matos. Da mesma forma, entre seus intérpretes estão nomes famosos, tais como: Francisco Alves, Aracy de Almeida, Carlos Galhardo, Joel e Gaúcho, Valdi Azevedo, Nelson Gonçalves, Dircinha Batista, Claudionor Germano e Expedito Baracho. Compôs sete evocações musicais famosas em todo o Brasil, homenageando carnavalescos, jornalistas, velhos companheiros e outros verdadeiros imortais da poesia e música como Manuel Bandeira, Ascenço Ferreira, Lamartine Babo e Francisco Alves. Marcantes, também, foram suas valsas, a ponto de arrancar da pena do escritor Nilo Pereira: "Nelson Ferreira, feiticeiro do piano, fixador de um tempo que as valsas revivem, como se estivessem falando. Se meia hora antes de sair o meu enterro, tocarem as valsas de Nelson, velhas valsas tão íntimas do meu mundo, irei em paz sonhando". Em 1958, a Fábrica de Discos Rozenblit reuniu algumas dessas preciosas valsas em LP, que se esgotaram em pouco tempo. E, em 1988, a Fundação Joaquim Nabuco, por meio do projeto Compositores Pernambucanos, reuniu em LP, também esgotado, algumas dessas valsas já gravadas anteriormente e outras inéditas, que receberam o arranjo do maestro Antônio José Madureira. O Maestro Nelson Ferreira faleceu no dia 21 de dezembro de 1976, no Real Hospital Português, no Recife, e foi transportado para o "hall" da Câmara Municipal, onde foi velado.
Fonte: http://escolas.educacao.pe.gov.br/layout.php?portal=7148&p=historia